WU LYF - Go Tell Fire To The Mountain


Voltamos este mês às novidades e àqueles que estando agora a iniciar-se no mundo da música, podemos já, augurar um futuro auspicioso. Vamos descer ao submundo da pop e ficar a conhecer umas das bandas mais revolucionárias da actualidade, os WU LYF (escreve-se com maiúsculas).

É de venda nos olhos que somos levados por caminhos que não nos são familiares, que nos obrigam a deixar a nossa zona de conforto, que nos deixam inquietos. Não é fácil o primeiro contacto, como não será fácil a sua aceitação, mas como com tudo o que é novo e diferente, nunca o é! Há quem diga tratar-se de uma experiência quase religiosa, transcendental, mas não é, são apenas 4 miúdos de Manchester a fazer música, música como nunca dantes se ouviu.

Os WU LYF vivem envoltos em mistério. As informações sobre a banda são poucas ou nenhumas e as existentes muitas vezes são obscuras e contraditórias. Até a página oficial da banda contribui para o adensar do mistério. Apresentam-se como uma espécie de culto, movimento revolucionário, em que WU LYF é anacrónico para World Unite/Lucifer Youth Foundation. Pouco mais se sabe, sabemos que os o nome dos seus membros, Jeau, Lung, Elle e Evanse e que não estão ligados a nenhuma editora. Depois de algumas músicas que foram surgindo pela internet, relatos de concertos inesquecíveis, foi este mês finalmente lançado, com edição de autor, o tão ansiado álbum GO TELL FIRE TO THE MOUNTAIN. E logo à primeira audição ficamos com a sensação de estar a presenciar história a ser feita.

Não sei a descrição partiu dos próprios, mas recorrentemente os WU LYF são apelidados de revolucionários, contestatários, instigadores. Não sei se o são ou não, mas que a música que criam é realmente revolucionária, disso não tenho dúvidas. É música que tem tanto de aterradora como de bela. O título da música que fecha o álbum, HEAVY POP, é a melhor definição que podia existir para a música fazem. Com uma construção rítmica que roça a perfeição, numa harmonia perfeita entre bateria, guitarras e a voz única de Ellery Roberts. Uma voz tensa, em constante esforço, possuída por um qualquer demónio, que muitas vezes soa imperceptível. As músicas são um constante crescendo de emoção, de agitação, aquietada aqui e ali pelo som de um orgão, que parece trespassar -nos. Canções como LYF, logo a iniciar o álbum, SPITTING BLOOD, DIRT ou HEAVY POP são verdadeiros hinos!

Vamos poder vê-los e ouvi-los já no próximo dia 9 de Julho em mais uma edição do Festival Optimus Alive, a não perder!

Texto publicado na Revista Magnética de Julho.

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