The Magnetic Fields - Teatro Maria Matos
Foram muito poucas as semanas que intermediaram a notícia de que os The Magnetic Fields iam regressar a solo nacional e a notícia de que a sala do Teatro Maria Matos já estava esgotada, a provar que este era um regresso há muito ansiado. As condições para um concerto inesquecível estavam reunidas: novo álbum, um público devoto e uma adequada escolha de sala, a prometer um concerto intimista e delicado.
À hora marcada, subiram ao palco. «We are the The Magnetic Fields, sort of...» apresenta Stephin Merritt, contrapondo Cláudia Gonson com um «So they say!», da outra ponta do palco. Estava lançado o mote para a boa disposição que iria marcar a actuação. O sentido de humor está sempre presente, seja entre os elementos da banda ou dirigido ao público, mas sobretudo nas letras, sempre bastante irónicas e concisas. Músicas curtas, concisas, que dizem o que têm para dizer sem se perderem em artifícios desnecessários.
Um som imaculado, a fazer sobressair a voz grave de Stephin Merritt, num alinhamento que percorreu quase toda a discografia da banda, com o inevitável 69 LOVE SONGS a assumir o protagonismo, com destaque para ‘Reno Dakota’, a «weddings favourite», segundo Stephin, ‘The Book Of Love’, a conseguir arrancar uma reacção mais entusiasta do público e para ‘All My Little Words’, já no encore.
Conhecendo as músicas dos The Magnetic Fields, como a dada altura ironicamente Stephin referia, «sad songs unlike the others», não é de esperar grandes loucuras ao vivo, contudo a atitude passiva em palco acaba por contagiar o público, que aos poucos se vai deixando levar pela apatia dominante. Há, no entanto, que louvar a competência e a capacidade de comunicação da banda e como com isso conseguem conquistar o público. Um concerto agradável, não mais do que isso, mas que pelos sorrisos que se viam no final, deixou todos os presentes bastante satisfeitos.
Texto publicado na Revista Magnética.
Fotografia: Direitos Reservados.
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